Segurança Alimentar é tema de webinário promovido pela Prefeitura de Hortolândia Destaque
- Escrito por Departamento de Comunicação
Evento, realizado na noite desta quarta-feira (10/11), reuniu profissionais para discutir educação alimentar no contexto de pandemia
Mais de 400 pessoas participaram, na noite desta quarta-feira (10/11), do webinário “Alimentos seguros agora para um amanhã saudável: A Segurança dos Alimentos é um assunto de todos”, promovido pela Prefeitura de Hortolândia, via plataforma Zoom, com retransmissão pelo canal da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia no YouTube. O encontro, que contou como convidados o Dr. Felipe Reis Rodrigues e a nutricionista Profª Raquel Guimarães, é uma ação do COMSEA (Conselho Municipal de Segurança Alimentar) de Hortolândia, em parceria com o departamento de Segurança Alimentar da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, com o objetivo de promover a discussão sobre educação alimentar. Para ter acesso ao encontro acima, clique aqui (https://www.youtube.com/secretariadeeducacaocienciaetecnologiahortolandia).
Durante a abertura do encontro, o mediador e Presidente do COMSEA, José Valdemir do Nascimento, ressaltou a importância do espaço para reflexão e agradeceu a presença dos convidados e participantes. Em seguida, apresentou os palestrantes para iniciar o evento.
A nutricionista, Prof.ª Raquel Guimarães, deu início a discussão explicando o conceito e trabalho da segurança alimentar e nutricional na garantia do direito de todos ao acesso a alimentos de qualidade. Abordou a abrangência de atividades ligadas a esse departamento, que pode atuar tanto na garantia biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, como na realização de atividades que estimulem práticas saudáveis de consumo e valorizem a diversidade cultural da população.
A convidada falou ainda sobre o cenário atual de pandemia, no qual a situação econômica tem se mostrado um grande fator, segundo avalia, para retrocessos na questão da acessibilidade de alimentos seguros e saudáveis. Ao final, citou algumas estratégias que a indústria tem adotado para ajudar na identificação de produtos não seguros sob o ponto de vista nutricional, mas ressaltou o que acredita ser a verdadeira chave para reverter a situação.
“Nada é tão eficaz quanto o ensino e educação. Como professora não posso deixar de trazer o grande papel que a educação alimentar tem nesse momento. Gerar pessoas autônomas, conscientes e capazes de escolher alimentos seguros é o nosso maior triunfo como consumidores”, ressaltou a Profª Raquel Guimarães, docente e coordenadora do curso Técnico em Nutrição e Dietética da Etec (Escola Técnica Estadual) de Hortolândia.
Na sequência, o Dr. Felipe Reis Rodrigues contribuiu com o encontro falando sobre a escolha dos alimentos e suas classificações: “Alimentos in natura”, encontrados na natureza que não passam por processos na indústria, “Os processados”, que passam por pequenas alterações na indústria, e “Os Ultraprocessados”, que apresentam grandes alterações e nenhum valor nutricional. O convidado deu dicas para uma alimentação segura e saudável, como escolher para a base da alimentação aqueles que são in natura, utilizar sal; temperos prontos e óleo em poucas quantidades, limitar o consumo de ultraprocessados, entre outras.
Reforçando a análise da Prof.ª Raquel Guimarães, Rodrigues apresentou dados para citar o contexto de pandemia, no qual os gráficos do Inquérito Nacional de Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-2019 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mostram o aumento dos números de insegurança alimentar entre a população. Nas considerações finais, falou sobre o papel da educação alimentar, planejamento e a importância de cultivar bons hábitos.
“Quando falamos sobre esses alimentos mais atrativos, os ultraprocesados, falamos sobre alimentos poucos saudáveis que tem um apelo ao sabor que é apenas químico. O paladar é hábito e treino. A partir do momento em que nos habituamos a comer alimentos mais saudáveis, além de sentirmos melhor o verdadeiro sabor desses alimentos, também sentimos menos a força desse apelo ao que não nos faz bem”, ressalta o convidado.