Hortolândia avança na implantação de ações Antirracistas Destaque
- Escrito por Setor de Comunicação
Com exposições, formações e webinários, Educação busca integrar a História e Cultura Africana e Afro-brasileira no cotidiano escolar
No ano de 2024, a Lei 10.639/03, que tornou obrigatória a inclusão da História e Cultura Africana e Afro-brasileira no currículo escolar, completa 21 anos. Em cumprimento à legislação, a Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Hortolândia tem desenvolvido uma série de ações para garantir a aplicabilidade da lei, promovendo uma educação antirracista que deve ser praticada ao longo de todo o ano, e não apenas em novembro, durante o Dia da Consciência Negra.
De acordo com a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, as iniciativas buscam integrar a temática étnico-racial nas práticas pedagógicas diárias e na construção de uma sociedade justa e equâníme. Diversas estratégias têm sido adotadas, incluindo formações, exposições, palestras, webinários e a criação de materiais didático-pedagógicos. Em 2023, a Secretaria lançou uma exposição de máscaras com referências africanas, realizada em parceria com o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIRH). Produzidas por professores de Arte, as 30 peças da exposição têm circulado pelas escolas, atingindo aproximadamente 14.490 alunos, educadores(as), professores(as) e familiares.
A exposição, inicialmente concebida para o evento literário "Literalendo", foi transformada em uma mostra itinerante, facilitando o acesso das crianças à cultura africana de maneira lúdica e educativa ampliando os repertórios de conhecimentos históricos e culturais a respeito do continente africano. Em 2024, a mostra se expandirá para incluir unidades de Educação Infantil.
O professor de Arte do Centro de Formação dos Profissionais em Educação Paulo Freire (CFPF), Adelson dos Santos, explica que para apoiar os educadores durante a exposição, a Secretaria elaborou um material intitulado “Contribuições pedagógicas para aplicabilidade e vivência da lei 10.639/03”, que oferece sugestões práticas para atividades antes e depois da visitação.
Outra iniciativa em colaboração com o COMPIRH é a exposição “Representatividade Super Importa”, que traz obras de oito artistas locais abordando super-heróis negros. Esta mostra, que busca discutir a representatividade do povo negro, será exibida em vários pontos da cidade e estará aberta ao público no Shopping Hortolândia de novembro a dezembro.
- Imagem: Setor de Comunicação da SMECT. Imagem: Setor de Comunicação da SMECT.
- Imagem: Setor de Comunicação da SMECT. Imagem: Setor de Comunicação da SMECT.
http://portaleducacao.hortolandia.sp.gov.br/index.php/noticias/item/8626-hortolandia-avanca-na-implantacao-de-acoes-antirracistas#sigProId83bf04d417
Formação Continuada
A formação contínua dos professores também é uma prioridade. Mensalmente, durante os Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPCs), são oferecidas capacitações sobre a Lei 10.639/03. O professor Adelson Santos ressalta a importância dessa formação: “É um dever ético e moral contribuir para a luta antirracista, já que a educação é um espaço propício para a conscientização e reparação das desigualdades sociais que afetam a população preta, que representa 56% da nossa população.”
A Secretaria, em parceria com o Centro de Formação, tem promovido webinários mensais que incentivam a discussão sobre questões étnico-raciais. Para novembro, estão programados dois eventos significativos: o primeiro contará com a presença da escritora G. Aguiar, que abordará a importância da representatividade na literatura infanto-juvenil. O segundo webinário reunirá professoras da rede municipal para discutir a integração da pauta antirracista na educação.
Além disso, a SMECT está em fase final de elaboração do “Almanaque de Práticas Pedagógicas Antirracistas”. Este projeto reunirá as experiências e estratégias de 148 educadores, ampliando o acervo de recursos disponíveis para o ensino das relações étnico-raciais nas escolas. A ação vai beneficiar cerca de 26 mil crianças e estudantes da rede de educação.